top of page
Buscar
  • Foto do escritorMarcela Argollo

Contratam-se pessoas engajadas

A estratégia até pode tomar café da manhã, mas quando chegar a hora do almoço ela já perdeu o espaço para a cultura organizacional. Essa é uma adaptação da famosa frase do Peter Drucker, e juntamente com o livro sobre o futuro do trabalho de Malone serviu como fruto de inspiração para este artigo.

A tendência de empresas com estilo de ecossistema vivo está cada vez mais em pauta. Empresas que possuem um propósito posicionamento claro, estilo de vida único, colaborativo e acolhedor, com profissionais engajados e “vestindo a camisa” da empresa. Exatamente o que o filme O círculo de Tom Hanks e Emma Watson propunha, ou até o que a empresa XP está vislumbrando realizar no interior de São Paulo.

Mas como tudo tem um preço, para que você consiga expandir você precisa decentralizar. E como conseguir continuar a ter a essência da organização com essa disseminação de “autoridade”? Tendo uma cultura organizacional MUITO forte!

Estamos passando por uma era de transformação maior do que alguns mensuraram. Não é só a inserção da tecnologia no processo produtivo, mas também o entendimento da alta gestão que uma organização tem como maior ativo as PESSOAS e que é necessário cuidar delas da melhor maneira possível. Na última década percebemos que de nada adianta ter estratégias robustas para se atingir resultados. Isso só traz burn out aos funcionários, clima cada vez maior de competitividade e consequentemente um ambiente nada descontraído e leve. E como já visto, i

sso não é sustentável e não é a forma mais inteligente de motivar seus colaboradores. Você engaja pessoas através da persuasão, incentivo, reconhecimento e acolhimento, não pelo lado financeiro, pois pelo lado financeiro esse indivíduo irá te abandonar na primeira oportunidade mais atrativa que o mercado vir a oferecer.

O que organizações necessitam começar a visualizar é a importância de se tangibilizar e colocar no dia a dia o que se é intangível, a cultura organizacional. E de nada adianta esta cultura estar escrita em um papel bonito e na prática não ser performada.

E como poder então ter o “controle” sobre a cultura organizacional? Eu vejo como uma tríplice que andam juntas:

1- O objetivo da organização deve ser muito bem traçado e sua cultura organizacional alinhada com esse objetivo. Aqui entram quais valores inegociáveis a organização tem como base e alicerce.

2- O mapeamento de perfil dos colaboradores na contratação deve ser realizado de acordo com a cultura da organização

3- A vivência desses valores principalmente por parte da alta gestão.

De acordo com a pesquisa das melhores empresas para se trabalhar realizada pela Great Place to Work, cerca de 43% das empresas topo do ranking levam em consideração o fit cultural do candidato no momento da seleção e contratação. Ou seja, de nada adianta colocar um expert em finanças agressivo, em um cargo de gestão em uma organização que os valores não se encaixam. Inicialmente a estratégia de colocá-lo para aumentar o resultado pode dar certo, mas não por muito tempo, a forma de gestão dele não será sustentável se a cultura não estiver alinhada com a estratégia e consequentemente com o gestor.

Empresas sonho de consumo como Facebook, Google, Amazon e Apple tem particularidades muito semelhantes: São descentralizadas, cultura forte e descontraída, foco no cliente e no colaborador. Não deixa de cobrar resultados, mas sim pensa no colaborador como um ser humano que necessita ser engajado e ter um ambiente saudável e seguro para se trabalhar.

Um programa de gestão da cultura organizacional bem implementado e mais importante ainda, bem monitorado, alavanca resultados positivos em várias dimensões no ambiente do trabalho.

Por isso, não adianta ter apenas o discurso de que “As pessoas são o nosso maior patrimônio”, e para mantê-las é necessário proporcionar bons salários e benefícios, carro, bônus, curso de inglês, MBA, etc. Nada disso resolve se não houver uma forte cultura que promova a confiança nos relacionamentos dessas pessoas, sucumbirão a estratégia mais inovadora, o time mais preparado, economia mais próspera, a tecnologia mais avançada, a liderança mais influente se não houver uma cultura forte com relacionamentos baseados em CONFIANÇA.

4 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Cresci ouvindo a frase: você tem que viver “dormindo com o inimigo”. No último mês me peguei pensando, refletindo e desafiando a interpretação dessa frase. Aprendi nos meus últimos 4 anos que para con

A Era industrial trouxe consigo alguns marcos importantes no modo de agir das organizações e colaboradores. Na década de 1920 emergiu a produção em massa, passando pela eficiência nos meados de 1950,

Uma das consequências do mundo globalizado e competitivo em que estamos vivendo hoje é a síndrome de burnout (distúrbio causado pelo esgotamento físico e mental dos profissionais), resultando assim em

Post: Blog2_Post
bottom of page