Marcela Argollo
Dolce far niente: a importância do ócio
Dolce far niente é uma expressão muito utilizada na Itália. Com certeza quem já viu o filme comer amar e rezar já ouviu ela é também já sabe sua definição, que traduzindo significa a agradável ociosidade.
Os italianos prezam muito para um momento de não fazer nada. Aquele momento o qual você se encontra no ócio, com a mente completamente vazia.
E porque ter esse ócio é importante? Porque é com a mente vazia que conseguimos pensar melhor. É quando descansamos que o hemisfério direito do nosso cérebro, que controla a imaginação, a criatividade e o prazer, entra em ação. É com a mente vazia que conseguimos refletir sobre os fatos, ter criatividade de pensar em alguma solução inovadora para aquele problema que estamos enfrentando.
O modelo empresarial atual não visa mais o colaborador operacional (trabalho atualmente realizado por máquinas e robôs), como era na década de 20 (Fordismo), estamos na era intelectual, a qual necessitamos cada vez mais encontrarmos soluções para os problemas que encontramos no nosso dia a dia e dentro das empresas. Necessitamos cada vez mais pensarmos em soluções e cada vez menos operacionalizarmos funções.
No ambiente corporativo, ser criativo beneficia a tomada de decisões mais rapidamente, ajuda na resolução dos problemas e suas alternativas, e melhora a capacidade de inovação e aprimoramento de processos.
Atualmente existem várias ferramentas inovadoras as quais conseguimos utilizar para, juntamente com todos da organização, em formato de um ecossistema na qual todos conseguem contribuir com algo e com diferentes formas de se enxergar o problema e consequentemente diferentes formatos de soluções. Uma delas que eu particularmente adoro é o design thinking, uma ferramenta a qual busca maneiras de encontrar soluções inovadoras para os problemas, soluções criativas focadas nas necessidades reais do mercado e não em pressuposições estatísticas, é uma abordagem que busca a solução de problemas de forma coletiva e colaborativa.
